Permaneço
impávido em frente a este cadáver espelho,
Olho
e sinto o mar enrolado nos meus braços,
Sou
um prisioneiro das marés vadias,
Sem
flores na minha algibeira,
As
abelhas trazem-me os tristes beijos da madrugada,
Nos
rochedos habitam os ossos da noite,
E
nunca tenho tempo de sorrir para as estrelas…
Permaneço
sentado,
De
corda ao pescoço,
Como
um boneco em palha…
Enlatado,
Vagabundo
rosto,
Que
ninguém consegue desenhar,
Que
ninguém sabe consolar…
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Terça-feira,
11 de Agosto de 2015
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