Desta
carta escrita
Nada
restará
Será
pó
Melodia
desencantada
Como
triste
A
madrugada
Como
triste a noite magoada
Desta
carta…
Nenhuma
réstia de silêncio sobejará
A
enjoada jangada que transporta a solidão
Cai
sobre a sombra desorientada dos meus braços alicerçados à terra
E
eu sonharei,
Um
dia
Uma
cidade inventada
Nascerá
no meu peito
Com
ruas
Casas
desabitadas
Gente
cansada
Crianças
à volta das árvores…
Gritando
junto aos barcos em papel,
Não
tenho medo
Não
pertenço a esta melancólica avenida
Irritada
Sangrenta
Só
E
desta carta…
Pó.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Segunda-feira,
10 de Agosto de 2015
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