(Francisco
Luís Fontinha – Agosto/2015)
Conheci-te
numa noite de aniversário,
Percebi
que havia uma janela no teu sorriso
E
uma clarabóia no teu olhar,
Depois…
depois perdi-me nesta cidade apaixonada,
Vesti
copos de uísque,
Bebi
vestidos de chita,
Fumei
poemas junto aos teus seios,
Mergulhava
na plataforma irracional dos teus braços,
Escrevia
nos teu beijos as palavras que nunca consegui escrever no papel amarrotado,
Desenhava
no meu espelho as gotículas ínfimas do teu suor,
Afagante
desejo,
Descerrava
a porta dos teus cabelos,
Lapidava
as tuas coxas no meu silêncio…
E
acordava junto aos teus lábios,
Tão
feliz… tão feliz meu amor,
Este
poema sem nome,
Ouvindo
a tua voz esquecida dentro de um livro,
Agachada
na madrugada,
Este
poema pobre,
Mendigo…
É
a réstia das carícias fabricadas dentro de um rio,
Esquecia-me
de ti, meu amor,
Sonhava
com melódicos sons que apenas a morte sabe descrever,
O
último grito,
Gemido…
A
dor
Do
teu prazer.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira,
26 de Agosto de 2015
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