sexta-feira, 24 de julho de 2015

Cidades geométricas


Não tenhas medo, meu querido,

Do túnel das amoreiras,

Da paixão da noite,

Dos pássaros da alvorada,

Das madrugadas sem janela,

Amo-te como amam todos os rios as pontes invisíveis,

Como amei a montanha do corpo sem destino,

Ao entardecer,

A insónia mergulhada nos teus ossos,

Desapareces das velhas fotografias,

Como o vento desaparece na solidão…

E os veleiros sem nome… dormem no profundo sono das cidades geométricas.

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

24/07/2015

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