A
paixão do homem
No
homem camuflado,
Salto
os muros da infância,
Perco-me
nas arcadas dos alicerces cinzentos,
Sei
que hoje o meu destino,
É
saltar,
Voar
sobre os fios de seda dos teus lábios,
Tenho
beijos na palma da mão,
Sou
um clandestino silêncio à procura do amanhecer,
Palpita
no meu peito
O
cansaço dos sonhos adormecidos num qualquer Oceano,
Aqui,
Não
sou ninguém,
Pareço
as ruínas de um edifício de ossos,
O
pó poisa nos meus ombros em cartolina solitária,
Como
um lápis de carvão,
Deitado
na eira…
Os
dedos enterrados no chocolate teu corpo,
Os
comboios imaginários entranhados nas tuas coxas de marfim,
A
paixão do homem…
No
homem…
O
camuflado cinzeiro das noites sem dormir,
No
homem,
O
homem,
Sempre
na esperança de partir…
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Segunda-feira,
22 de Junho de 2015
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