segunda-feira, 18 de maio de 2015

Sombras de uma qualquer cidade


Coloridas pétalas de sono

Sobre o teu corpo embebido na gelatinosa alegria do amanhecer,

A sinfonia da madrugada

Em desespero,

Sem saber

Que a noite não acordará mais,

 

O mar

Envolto nos cabelos das andorinhas,

Os barcos cansados,

No teu peito,

E o tempo alimenta o teu sorrir,

E ouvem-se em ti

As lágrimas de partir…

Nas palavras de fugir,

 

Coloridas pétalas de sono

Procurando abraços

E telhados de vidro fumado,

O dia prisioneiro ao triste calendário,

E o teu corpo

Pincelado pelo orvalho,

 

E o teu corpo… também ele uma pétala colorida,

Sem vida,

Sem vaidade,

Como eu,

Como ele,

Sombras de uma qualquer cidade,

Umas vezes olhando o céu,

Outras… outras brincando na claridade.

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Segunda-feira, 18 de Maio de 2015

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