As
andorinhas pintadas na fachada do desejo, o corpo transversal entre
dois pontos sem coordenadas, o vazio, a carta regressada do nada
Amo-te,
meu querido,
Não
sei quem é, preenche-me os sonhos, e brinca na minha cama
António?
Sim,
Margarida!
E
brinca na minha cama como a criança acabada de nascer, as primeiras
palavras, o primeiro poema, a primeira paixão, o amor, a
desobediência do coração de prata, a mina mergulhava nas canções
Primaveris, as orquídeas desenhavam círculos na sombra da
tempestade, pai?
Sim,
filho...
A
guerra,
Que
tem a guerra?
Não
me lembro, meu filho..., não me lembro...
(ficção)
Domingo,
22 de Março de 2015
Francisco
Luís Fontinha . Alijó
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