segunda-feira, 23 de março de 2015

As andorinhas pintadas na fachada do desejo, o corpo transversal entre dois pontos sem coordenadas, o vazio, a carta regressada do nada
Amo-te, meu querido,
Não sei quem é, preenche-me os sonhos, e brinca na minha cama
António?
Sim, Margarida!
E brinca na minha cama como a criança acabada de nascer, as primeiras palavras, o primeiro poema, a primeira paixão, o amor, a desobediência do coração de prata, a mina mergulhava nas canções Primaveris, as orquídeas desenhavam círculos na sombra da tempestade, pai?
Sim, filho...
A guerra,
Que tem a guerra?
Não me lembro, meu filho..., não me lembro...


(ficção)
Domingo, 22 de Março de 2015
Francisco Luís Fontinha . Alijó

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