(desenho
de Francisco Luís Fontinha)
Podíamos
ancorar as estes versos, permanecermos impávidos das celestes
lágrimas do Universo, Saudade? Caminhei, sentei-me sobre as quatro
sombras da preguiça, sofri, sonhei, aprendi que o amor é um
cubículo sem janelas,
Junto
ao mar,
É
tão lindo, o mar, mãe...
Os
barcos e as jangadas de silêncio, os embriagados corpos dançando no
texto, encerra-se o livro, e morre o escritor,
Um
poema...
Palavras,
sons, imagens, barcos, marés... sucata amaldiçoada pela fresta do
luar, a astronomia e a matemática, dormem, saciam-se nas metáforas
da insónia, corpos, nus, entre eles... o sexo desenhado em cada
esquina, a porta do quarto rangia, gemia, e sabíamos que ninguém
nos ouvia,
Orgia?
De
palavras e de poesia,
Um
poema?
Negro,
opaco, sem corpo nem cabelo, morto, fictício... mas pouco, pouco,
como os dias à tua espera...
(ficção)
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
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