As
arcadas tristes da memória
O
silêncio insigne da estória
Quando
o corpo geme nas minhas mãos
No
vão de escada imaginado
O
teu sexo nos meus braços
Sinto
o peso da tua solidão
Como
se fosse um ponto esquecido no espaço
Atrevo-me
a ajoelhar
No
altar da poesia
Um
uivo
Um
gemido
Uma…
profecia
Na
maior das hipóteses
O
corpo amarrado ao silêncio
Sinto
o teu perfume
Nas
minhas pálpebras de estanho
Perder-me
Em
ti
Sem
saber que as coisas boas da vida
São
círculos de chocolate
Na
ardósia das palavras
Não
falo
Não
imagino as pedras de xisto
Comestíveis
na alvorada
Nos
teus olhos
As
palavras me enforcam
E
matam
Antes
de adormecer
Lapidando
o teu corpo de amêndoa
Nas
sílabas tontas da paixão
Meu
amor
Porque
são tristes as tuas nádegas?
Porque
são alegres os teus íngremes salivares desenhos
Do
desconforto
Amar-te
Não…
não amor
Não
quero
Voar
nos braços da inconfidência
Trabalhar
Nos
poços da solidão
Ser
o Príncipe perfeito
Imperfeito
Amargo
Amanhece
na tua boca
E
visto-me de gaivota
Louca
Das
palavras
Às
palavras…
Francisco
Luís Fontinha - Alijó
Segunda,
feira, 30 de Março de 2015
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