as palavras
amaldiçoadas do teu poema
moribundo
sem personagens nem
cidades floridas
os teus sonhos
encantados
masturbados na
triste insónia da noite
quando a noite
deixou de existir
e hoje
apenas um cortinado
de fumo
sem olhar
sem alma
se tens alma no teu
amar...
se tens olhar na tua
alma de brincar...
e as palavras de
chorar
as fechaduras do teu
peito
e as janelas dos
teus seios
sem fotografia para
o mar
se há olhar na tua
alma
então este barco
não é sucata
nem monstro da
infância
se há alma no teu
amar
porque existem
correntes em aço
que me aprisionam a
este muro em xisto...
com lábios em
desejo
desejando a insónia
da noite...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 27 de
Fevereiro de 2015
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