quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O teu nome


O teu nome
uma vírgula
encalhados na Península das palavras
o teu nome
uma vírgula
e... e a solidão desalmada do meu triste olhar
quando anoitece
e o vento me rouba o sorriso
ficam nas pálpebras o silêncio amor das quatro paredes graníticas
da prisão esquecida nos teus lábios
perco-me
e corro

uma vírgula
entranhada no teu peito
o dardo venenoso da insónia
a arte acorda nas paredes límpidas do meu corpo

ardo
sinto as cinzas a alicerçarem-se nas avenidas
da cidade
uma vírgula
solteira
cansada
da cidade os teus beijos envergonhados
desenhados
solteira
uma vírgula
apaixonada.



Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2015

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