As imagens
tridimensionais da fotografia a preto e branco
há no seu rosto a
melancolia da cúbica equação
as sílabas
castanhas do primeiro amor
a equação em dor
a metáfora linhagem
do sangue embriagado
cintilando
amar
não tenho vida
sou um desabitado
eterno apaixonado...
pelas palavras
sorrisos
e riscos
havia outro comboio
para regressar aos teus lábios
perdi-o passivamente
como um gladíolo
adormecido
derrubei muros
invisíveis
palhotas de silencio
antes de nascer o
dia
fui habitante da
cidade dos mabecos
menino desenhando
círculos
na húmida saudade
que só a chuva
consegue abraçar...
e hoje
hoje pertenço às
imagens tridimensionais da fotografia a preto e branco.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 23 de
Janeiro de 2015
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