São estes os teus
medos,
são estas as tuas
lágrimas envenenadas pelo silêncio,
são eles que te
protegem,
são eles que te
enforcam na madrugada,
oiço o sussurrar da
alvorada,
são estes os teus
desejos impossíveis de realizar,
são estas as
pálpebras do teu olhar,
são as tuas veias o
cansaço de amar,
viver...
e sonhar,
são estas as
palavras de matar,
vejo o ressuscitar
de um cigarro laminado pelo fogo...
e há uma cabana com
versos de enganar,
e há um rio com
vontade de partir...
zarpar,
são elas as rodas
dentadas do sofrer,
que te movimentam,
são elas,
são eles os
lânguidos amanheceres que te enfrentam...
e baixinho,
te dizem... são
horas de adormecer.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Terça-feira, 14 de
Outubro de 2014
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