Encurvado,
o maligno cansaço
entre as montanhas da dor,
lá longe o rio
embalsamado procurando o luar,
desce a nuvem do
sofrimento sobre a madrugada,
há lápis de cor
embrulhados em pergaminhos transparentes...
começa a noite,
e encurvado... o
apeadeiro da solidão,
só,
enlatado numa caixa
de sapatos,
o mórbido alimento
dos pássaros sem asas,
há tristeza nos
teus olhos,
só,
há lâminas de
silêncio onde habitam lágrimas de néon,
a cidade perde-se na
algibeira nocturna das amendoeiras em flor,
e só...
vejo o apeadeiro da
solidão desfalecer junto à ponte.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 12 de
Setembro de 2014
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