sexta-feira, 19 de setembro de 2014

em silêncio


este silêncio que se entranha no meu corpo
como ponhais de areia
um oceano de saudade caminha calçada abaixo
abraçando-se ao rio
beijam-se como dois loucos
encastrados no pulsar da madrugada
este silêncio mata
e consome o desejo de partir
o barco ancorado aos lábios do marinheiro poeta
as cordas castanhas quase em liberdade
como os homens tristes dos bares da velha cidade...
em silêncio...


Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 19 de Setembro de 2014

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