Sou o legítimo dono
da noite,
sou o candeeiro onde
se esconde o mendigo,
o rio que não corre
para o mar,
sou a ponte frágil
em madeira que antes de ser ponte...
um caixote,
o cofre das minhas
recordações,
as imagens,
os sons e os cheiros
de uma terra que não existe mais...
Sou a videira que
morreu no socalco,
sou o socalco que
tombou...,
sou o cansaço
legítimo e dono da noite,
a prostituta que
sobe e desce a montanha dos segredos,
sou o vento de papel
sobre a luz ténue da aldeia,
o sino que não se
cansa de me acordar...
sou as palavras com
lábios de poema,
dos sons e dos
cheiros de uma terra que não existe mais...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Domingo, 24 de
Agosto de 2014
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