Da hirta saudade que
a terra entranhou,
a embrionária
canção de amar nos braços da tempestade,
a planície se
afunda no húmus cansaço do amanhecer,
um olhar se perde,
uma palavra se
reinventa na ardósia sangrenta da tarde,
uma árvore se
deita,
e uma janela se
encerra...
as ranhuras do corpo
embalsamado são transparentes anzóis de metal,
e a chuva miudinha
cai sobre as pálpebras pinceladas do amor,
uma ravina
revoltada,
deixa afundar o
cadáver da flor desgovernada,
da hirta saudade...
a terra que me deixou partir!
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Domingo, 24 de
Agosto de 2014
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