Meu amor,
Existes?
Perturbo o teu sono,
Visto-me de abelha e
brinco na colmeia da tua insónia,
Sorris, brilham nos
teus olhos as minhas palavras,
Habitam nos teus
seios os meus desejos, os meus versos…
O rio que corre nas
minhas veias,
Há dentro de mim
uma África perdida,
Socalcos, vinhedos…
Barcos coloridos que
atracam nas tuas mãos,
Meu amor,
Existes?
Perturbar o teu sono
é poesia,
São canções
inventadas por estórias, são searas de trigo dançando ao som do
vento…
Perturbar os teus
sonhos, deitar-me no teu corpo… como se eu fosse a tua pele de
alecrim em flor,
A montanha que nunca
dorme,
O luar que jamais
cessa de brilhar,
Meu amor,
Existes?
Nas frívolas manhãs
de Primavera, e… e absorver os teus lábios de livro em construção,
Percorrer o silêncio
de uma ponta à outra, sem me cansar de te olhar,
Sorris…
Olhas-me…
Existes?
Estrela-do-mar,
Que me ilumina ao
deitar,
E sem pressa… e
sem pressa ofereço-te o beijo poético…
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 7 de
Agosto de 2014
Sem comentários:
Enviar um comentário