O medo inventa-se em
mim,
cresce,
e sorri,
o medo aprisiona-me
como aprisiona o paquete mergulhado em nuvens de dor...
o medo é assim,
o medo inventa-se,
e,
e espera pelo
regresso da noite para adormecer no meu corpo,
Hoje, hoje não
sinto a falta de um abraço,
um beijo,
ou... ou de uma
simples carícia,
Hoje, hoje tenho
medo,
medo do regresso do
medo,
medo das tempestades
de areia branca,
O medo inventa-se em
mim,
vive como um
crustáceo nas rochas da insónia,
caminha,
corre no corredor do
amanhecer,
saltita nas janelas
da madrugada,
o medo inventa-se,
e... e aparece num
esqueleto de vidro mendigando na cidade dos sonhos,
e hoje, hoje não um
abraça, e hoje, hoje não um beijo... hoje tenho medo...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 14 de
Maio de 2014
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