Porque te chamo de “Livro”...
se tu és um extenso areal,
de pele húmida,
e seios doirados?
Vives em frente à Baía de Luanda,
e escrevo no teu corpo palavras,
palavras que o Oceano me rouba,
como me roubou a infância,
me prometeu... sim, que um dia eu ia
regressar...
Eu... eu regressar às tuas páginas
esbranquiçadas,
anónimas como eu... corpo nu enfeitado
com janelas de porcelana,
“Livro”...
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 23 de Abril de 2014
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