foto de: A&M ART and Photos
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Hoje, hoje apareceram em ti as palavras
de ontem,
aquelas que deixámos sobre as
amoreiras, aquelas que transvestimos na noite em colarinhos de prata,
não, não eram as estrelas com sabor a
chocolate adormecido,
eram páginas límpidas, páginas
desejadas pela mão da madrugada,
hoje, nada, hoje não aconteceu nada em
mim,
nem vi o mar, nem estive sentado na
montanha,
hoje... hoje apenas percebi o perfume
do rio,
selvagem, longínquo... um rio morto,
hoje, hoje apareceram de ti as
pálpebras minhas, cansadas... tristes, desamadas,
como as tuas palavras,
palavras desinteressadas,
palavras... palavras parvas.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 5 de Março de 2014
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