foto de: A&M ART and Photos
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A insignificante maré de desejo que a
palavra deixa sobre o corpo envelhecido da morte
a espuma translúcida do abismo
camuflado nas noites em delírio
o cigarro mal apagado
caminhando ruas pouco iluminadas
cadentes
velhas...
calçadas permitindo o sexo sobre os
fantasmas das cortinas de fogo que saltitam do circo em miniatura
a insignificante maré que eu sinto na
minha algibeira
fundeada em Cais do Sodré...
sem eira nem beira...
a terra não prometida
o deserto que te absorve e alimenta
e come em pedaços de açúcar
misturados com azedos olhares
as árvores que sombreiam as tuas mãos
de pérola emagrecida...
tão triste
e... e tão querida.
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Segunda-feira, 6 de Janeiro de 2014
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