sábado, 3 de agosto de 2013

tens de ti o meu pobre corpo desleixado

foto de: A&M ART and Photos

Tens de ti os sorrisos despedidos pela madrugada
dormes solenemente sobre a calçada
tens de ti os vidros das gaiolas onde brincam as gaivotas de aço
dormes e amas e desejas

tens de ti as algas clandestinas do silêncio mar...
dormes
vives
tens de ti o meu pobre corpo desleixado
sonolento
despenteado
e dormes
e amas como amam as árvores dos jardins imaginários
tens de ti em mim as mãos sem os dedos que poisavam nos teus cabelos cinzentos
amar os beijos quando voam sobre os angustiados braços desalentos...
cobrindo-te e escondendo as tuas lágrimas
que tens em ti de ti os meus pedaços lenços

(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó

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