foto de: A&M ART and Photos
|
as pedras castanhas filhas da noite
cinzenta
fundem-se-lhe nas mãos clandestinas
que a dor adormece
faz de conta que vive
sem viver
sem resmungar com os transeuntes
vestidos de negro
que se fazem passear
entre os gladíolos do jardim da
insónia
e a triste numeração da calçada sem
memória,
caçávamos borboletas dentro do escuro
quarto com janelas gradeadas
e o aço que antes gemia
hoje morto
derretido como os dedos do poeta
amaldiçoado,
as pedras castanhas filhas da noite
cinzenta
em vidros de pergaminho...
cinzentas as árvores de linho
que adormecem nos teus cortinados
a fome emerge
submerge
como pregos semeados na seara tua cama
as pedras castanhas... como ravinas de
azoto...
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sábado, 17 de Agosto de 2013
Sem comentários:
Enviar um comentário