A pastelaria azul com pergaminhos de
açúcar
abandonada no centro da avenida
uma cadeira vazia
apaixonada pelas palavras de mel
que poisam sobre as mesas de amêndoa,
Felizmente faço parte deste mobiliário
literário
onde te sentas
e pensas nos sonhos desenhados sobre a
areia da infância
oiço-te
e oiço-te murmurar nas longínquas
rochas que me amas,
E adoras
e entrei nos teus sonhos como os
pergaminhos de açúcar
e a avenida se veste de loiro poema em
delírio
à tua mão de silêncio as gaivotas
entre os sorrisos da noite
há uma janela para te vestires com os
gemidos dos cacilheiros,
E adoras
as flores de abelha em papel com
migalhas de vidro
das caricias muitas que a luz constrói
no teu corpo
e felizmente faço parte deste
mobiliário literário
que é o teu corpo de açúcar
deambulando no centro da avenida...
(poema não revisto)
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