quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Pastelaria azul


A pastelaria azul com pergaminhos de açúcar
abandonada no centro da avenida
uma cadeira vazia
apaixonada pelas palavras de mel
que poisam sobre as mesas de amêndoa,

Felizmente faço parte deste mobiliário literário
onde te sentas
e pensas nos sonhos desenhados sobre a areia da infância
oiço-te
e oiço-te murmurar nas longínquas rochas que me amas,

E adoras
e entrei nos teus sonhos como os pergaminhos de açúcar
e a avenida se veste de loiro poema em delírio
à tua mão de silêncio as gaivotas entre os sorrisos da noite
há uma janela para te vestires com os gemidos dos cacilheiros,

E adoras
as flores de abelha em papel com migalhas de vidro
das caricias muitas que a luz constrói no teu corpo
e felizmente faço parte deste mobiliário literário
que é o teu corpo de açúcar deambulando no centro da avenida...

(poema não revisto)

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