Verdes olhos que o espelho da noite
constrói
os meus
nas cinzentas fitas de mel
sobre as árvores cansadas e teus
braços o fogo destrói
as finíssimas estrelas de papel
malvadas distâncias entre as duas
margens encalhadas no vento
não pontes nem barcos nem as palavras
badaladas
debaixo do céu
não me oiças quando descem as
madrugadas
e as janelas mergulham no salgado
sofrimento
da leitura Cartas Ao Léu (Luiz
Pacheco)
verdes olhos que o espelho da noite
constrói
no momento vácuo dos versos a dois
em teu corpo desenho a manhã penhorada
pois
que nas pedras a dor se mói
e o mar se esconde na tua boca
doirada...
(poema não revisto)
Sem comentários:
Enviar um comentário