Diziam que ele atravessava as paredes
da insónia
quando os holofotes da fome desciam
sobre o leito de madeira
e pedacinhos de xisto embrulhados em
lágrimas de incenso,
Havia frestas nos silêncios pegajosos
dos beijos em construção
desmesuradamente cansados da ausência
tempestuosa dos sorrisos envergonhados
das rosas vermelhas em perfume
cintilante com bolinhas cor de amêndoa,
Diziam que ele conversava com as
sombras da cidade
e bebia o suor do rio solitário
escondido nas ilhargas flutuantes do sono,
Diziam que ele era homem em corpo de
mulher
à procura dos paralelepípedos da
Ajuda
e cerrava os olhos
e escondia as lágrimas dentro da
neblina do primeiro amor...
(poema não revisto)
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