Os fios de oiro que a noite embrulha no
teu cabelo
rua sincera da cidade dos sonhos
nas palavras a verdade
e nos lábios
o sorriso lunar das árvores que
navegam no oceano amor,
há pessoas sentadas nos pedaços de
pedra
que deus deixou junto ao cais
as coisas dela nos coisos dele
sofregamente o eterno açude das
frestas do desejo
e no entanto a noite entranha-se na
carne esponjosa dos livros em poesia,
ele sentia
as acácias flor das paisagens íngremes
do infinito capim de vidro
com as janelas apaixonadas
nas lágrimas palavras do oceano amor
que fingem travessias de rios
invisíveis,
os fios de oiro que a noite embrulha no
teu cabelo
sílaba por sílaba
carícia em carícia
as minhas mãos em migalhas de nada
na fronteira madrugada às abelhas da
cidade dos sonhos...
(poema não revisto)
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