Vivia eu no limo das espadas de aço
quando sobre as águas límpidas da
noite
entranhaste-te no meu peito
em pequeníssimos silêncios
das palavras
e dos beijos
a pele circular do teu corpo erva flor
filha da madrugada infância do oceano
o mar me procura
e os teus braços me prendem às
sombras das línguas em desejo
o medo veste-se de gaivota
e desaparece nas nuvens que poisavam na
cidade dos teus lábios
o amor absorve-me e alimenta-se das
minhas mãos
submersas nos pedacinhos de cartão
onde escreves
desenhas
envias-me os teus mais sombrios luares
que a noite constrói
sem perceberes que das tuas palavras
e dos teus beijos
vêm até mim as flores da saudade.
(poema não revisto)
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