O mar a enrolar sorrisos
nas mortalhas dos lábios adormecidos
cansados,
às vezes
esquecidos,
e nos silêncios perdidos
caminha a noite sem destino
porque nas mãos de um menino
vive e cresce a madrugada,
cansadas
às vezes,
as equações diferenciais
suspensas no desejo das matrizes
compostas
que o dia constrói
e a tarde alimenta,
o mar
e os cigarros em migalhas
antes de fumados,
o mar a enrolar sorrisos
nas mortalhas dos lábios adormecidos
cansados,
cansados
às vezes,
às vezes cansadas,
as vozes dormentes da Primavera.
(poema não revisto)
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