Das quatro paredes de cianeto
onde habita o amor inventado
nas quatro palavras murmuradas
do amor embrulhado em pedaços de jornal
e sorrisos de prata
das quartas-feiras com chá melancólico
e abraços invisíveis
ao meu corpo
indesejado
das quatro paredes
em tectos de solidão
palavras de cianeto
o meu corpo desgraçado
suspenso no vidro ténue do fim de tarde
entre o suicídio dos barcos
e a alegria da minha partida para longe
sem destino
sem regresso
que feliz o amor
que vive dentro de quatro paredes de cianeto...
Sem comentários:
Enviar um comentário