domingo, 11 de março de 2012

Dias de mim Sem fim

Dias de mim
Sem fim
Tristezas que me olham das paredes cinzentas da manhã
Dias de mim
Sem fim

Quando tudo à minha volta morre
Cinzas que sobejaram dos papéis cansados
Nas palavras sem nexo
Das palavras abstratas da noite
Dias de mim
Sem mim

(Dias assim
Sem fim
À porta da noite)

Quando tudo morre
E as sombras são pessoas
E as mãos das pessoas
Árvores que tombam no silêncio das palavras

(Dias assim
Sem fim
À porta da noite)

Tristezas que me olham das paredes cinzentas da manhã.

Sem comentários:

Enviar um comentário