sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O pergaminho do desejo


As moléculas fantasiadas de amor
em toques superficiais no pergaminho
que as manhãs constroem
debaixo da paixão,

enfurecido
o orvalho poisado na pele elegante da dor
que as plantas do teu olhar
transpiram em fios de medo,

pego nos sonhos
e semeio-os nas áridas coxas do inferno
quando todos os relógios de pulso
dormem docemente na maré sem luar,

e finjo adormecer
nas lágrimas do desejo
que brincam nas finíssimas películas
das moléculas fantasiadas de amor...

(poema não revisto)