trazes no peito o
peso da madrugada
as sílabas cansadas
do amanhecer
trazes na mão a
velha enxada...
e ao pescoço
o silêncio da
alvorada
trazes no peito a
mágoa do alicerce invisível
e os fios de luz
em pergaminhos
agrestes com odor a limão
trazes a solidão
e as cartas
esquecidas na gaveta da lareira...
e hoje
hoje nada acorda de
ti que se entranhe em mim...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Segunda-feira, 28 de
Abril de 2014