Meu mestre das manhãs de Inverno…
Onde estão as montanhas
do poema
Que quando eu criança
Olhava e imaginava
Ser um pássaro entre
sonhos
E silêncios,
Mestre
Meu grande mestre das
noites de insónia
Diz-me se essas montanhas
ainda existem
E se estão vivas e
respiram,
E sabes
Meu grande mestre
Um dia semeei palavras e
giestas
Nessa mesma montanha
Que hoje procuro
Que hoje sinto saudade…
E nunca soube se nasceram
poemas
Ou apenas cresceram
estrelas
Sem brilho
Como são as madrugadas
Quando vou em busca
Das montanhas do poema.
Alijó, 29/12/2022
Francisco Luís Fontinha