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quinta-feira, 25 de abril de 2013

A Floresta do Medo

foto: A&M ART and Photos

As palavras estonteantes que prenunciavas na minha ausência
e eu sem o saber acreditava em sonhos de infância
e cidades de vidro
e noites com lâmpadas mágicas vestidas com livros de poesia
e manhãs de quinta-feira pobres ou doentes ou quase nada,

De mim
quando sinto o meu corpo rolar sobre as rochas de insónia
e mergulhar no líquido viscoso dentro de uma conduta de cerâmica
oiço-os e sei que me perseguem
como cães raivosos provenientes das catacumbas do prazer,

Às palavras sem o destino perfume dos cinzentos fetos despidos como as ervas daninhas
quando caminham pela floresta do medo
sei que eles me perseguem
e que nunca me encontrarão porque há muito me sinto morto
longe deste silêncio disfarçado de felicidade...

(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha