A
vida é construída de pequenos retalhos,
Corpos
em geada
E
orvalhos,
Farrapos
entre velharias
E
trapos,
A
vida pertence ao luar,
Quando
de um suspiro
Grita
em mim o mar,
E
num sorriso
Tu
sentias
O
sabor do madrugar,
Que
a vida, construída de pequenos retalhos… consegue abraçar,
Cansado,
não respiro,
E
insisto na vida sem despertar,
Os
livros,
As
palavras esmagadas no silêncio da alvorada,
O
corpo cessa de respirar,
Levita
Madruga
E
inventa barcos de brincar,
A
vida é construída de pequenos retalhos,
Corpos
em geada
E
orvalhos,
Gente
simples dormindo na calçada,
Meninos
de sombra que desenham na mão o sol,
Aldeias
sós, homens confundidos com aldeias sós…
A
vida atrapalha,
Esmaga
a penumbra madrugada,
E
a canalha
Toca
com os lábios
O
rio entre rochedos
E
brinquedos,
Cansado,
não respiro,
E
insisto na vida sem despertar…
Francisco
Luís Fontinha
quarta-feira,
11 de Maio de 2016