Tantas coisas belas
que dormem no centro da terra
coisas com asas de vidro
e olhos de prata
ruas com janelas
e telhados de chapa
tantas coisas belas
infinitamente apaixonadas
pelas madrugadas
elas
as flores engraçadas
que a noite alimenta
tantas coisas belas
docemente voando nas montanhas do mar
coisas com palavras de amar
belas de embalar
quando a lua e o luar
beijam as luzes da paixão silenciosa
tantas coisas belas
que brotam das tuas mãos de sílaba
distraída
coisas e coisas belas elas
entre os parêntesis do beijo
sem jeito
no peito em ferida.
(poema não revisto)