Que a lua não tenha a noite toda uma noite no inferno o que sobrou para que o teu corpo tenha a minha sombra,
e o invisível dentro do inverno.
Que a lua não é sinónimo de rua poesia do soldado ou
quase que uma pequena pétala com olhos azuis,
que a lua é uma pedra na mão do desconhecido vento,
que embala a maré, e que morrerá de saudade na chuva do teu seio.
Que a lua é sémen centeio feliz aquele que seduz o teu cabelo, quase que uma pequena parte do sol poema e que quase ninguém sabe e quase que sou um relógio de parede...
Que a lua não está bem mas fatiando o luar, ela louca de luz e migalhas de sono.
Que a lua é uma mentira mas não é sinónimo de poesia, que a lua,
rio recusando beijar o corpo todo, e mergulha no chão terra da tua mão,
que a lua é
a maneira de uma sílaba amor escrever no inferno o que sobrou de mim.
Pouca coisa. Gente anónima a pedinchar que a lua é uma lareira que não tem nada para descrever na culpa da chuva,
E eu
espero-te que a lua não tenha a noite toda uma noite
nos teus olhos que não pertencem ao teu silêncio mas não houve nesta noite a sede do soldado que estava com o menino,
Que a lua!
Que a lua é uma sombra encadeando muralhas e o teu fogo a noite fingindo que não tinha paciência para o dia,
depois falamos sobre o mar, que eu serei também amado por uma mão invisível, dentro do cubo de vidro que lança o meu destino. Vou ver o teu seio e o teu sorriso na sílaba de um livro, correr o rio se o capim do meu cigarro, uma nuvem,
a água.
Feliz aquele que tem na vida uma nova palavra, uma gota de luz para o olhar, e que a lua não tenha o coração de deus, um silêncio no teu corpo, nu seja como o sol e prometendo ao verde,
a terra do desconhecido vento.
Que a lua
saiba bem o que sobrou da tua voz, e o meu sorriso
um abraço no coração dos teus lábios...
Que a lua não tenha o nome do meu coração, quase em mim,
A solidão com que me tocas!
Que a lua não tenha a noite...
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