Quase que uma árvore se despeça do jardim, da chuva se pequenas gotinhas de paixão,
nos teus doces lábios o que sobrou da minha sombra sanzala,
quase que sou um relógio que está quase a correr para o teu corpo,
sentindo o peso curvilíneo desenho do sol, poema que seduz o sombreado mar.
Quase que sou um abraço no coração da chuva, um livro capaz de rasgar os olhos do desconhecido vento, palavras automáticas que não têm corpo nem alma.
Quase que uma árvore se despeça do jardim, e em ti o rio que escreve no teu nome o meu nome,
e em mim o silêncio do mundo que não sabe se a vida é uma mentira ou quase que uma pessoa desperta na ausência.
Quase que uma sebenta onde escondes a lua e o sol, quase que um dia outra janela outro lado da chuva, quase que morria eu e toco no teu coração com o meu olhar.
E quase que uma casa de luz e migalhas de cores, mil cores que o teu cabelo lança para o mar. Quase que uma árvore no inferno de amar...
Quase que uma montanha na saliva do teu corpo!
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