És a espada que acorda o dia e rompe no primeiro instante a terra sagrada, és a espada
que quase bruma acontece no primeiro decanato da inocência,
também há a partida de um livro para a mão do poeta.
És a espada que acorda o meu olhar quando o meu corpo é uma lâmpada destinada ao fracasso, e que morrerá dentro do possível e invisível milagre da espuma.
Espada és também depois do meu cigarro galgar o teu cabelo e deixar arder o luar na cama acreditando que o mundo é uma mentira de luz.
És a espada que acorda o dia e rompe no primeiro instante a terra sagrada,
que escreve no teu seio os pássaros do meu jardim, depois
lanças sobre o som fatiado o rio que escreve sobre o mar,
dos teus olhos, meu amor
o primeiro barco de sono quase cadáver embrulhado nas pálpebras do gatilho de uma janela.
A espada do sol um poema que seduz a paixão dos viajantes perdidos na camuflada tarde, em que a minha sombra está quase cheia de uma pedra acinzentada molécula e quase a desaparecer no capim branco...
És a espada que modifica o rio recusando beijar a lua, espada nua, fria
tua voz quase tão cristalina como o meu destino mar,
és a espada,
eras o meu sonhar!
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