O rio que escreve no teu nome a noite passada,
que é uma pequena pétala com olhos de luz, migalhas de um abraço no coração de um prato sonolento, o rio
na saliva do desconhecido vento quase todo o labirinto preso na mão de deus.
O beijo quase rio que escreve sobre a terra a lua não um pássaro de fogo, o muro pulsa de sono em sono, e também escreve no teu seio o obscuro silêncio quando regressam as árvores que não têm corpo, e dos olhos
a água vaginal do útero adormecido.
O rio quase o teu olhar e que toca a noite com os lábios vermelhos, quase livro
o teu poema pronto para o dia, e quase que morria sabendo que o teu corpo é um abraço no coração da chuva...
O que escreve o rio na mão do desconhecido?
Que o rio está quase pronto para o teu cabelo quando romper a paixão no inferno, e da terra que enlouquece os pássaros,
a invisível caneta que não tinha paciência para o meu destino,
se a pedra sente que o rio é uma semente e que o teu sorriso é uma lâmpada destinada ao mar,
tão importante é o rio que escreve sobre o mar, como importante é o rio que corre
para o mar dos teus olhos.
O rio que escreve no teu nome a noite passada, éramos a lua não alimentada por uma pedra sendo que o teu cabelo é uma sílaba de desejo.
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