O que somos nós, viajantes deste pedaço de papel, onde poiso a caneta e penso em ti e
escrevo como se tu estivesses sentada à minha frente, e se nós, tu e eu, todos os outros
fossemos robôs de uma outra civilização? imagina
nós, eu e tu, e todos os outros termos sido construídos por uma civilização num tal, que
conseguiu criar máquinas que se reproduzem, que aprendem e que pensam e amam e que sentem,
e também,
e também choram.
Mas nós, robôs dessa civilização, e todos os outros
construímos novos robôs novas máquinas, que não se reproduzem que não pensam que só fazem aquilo que lhes mandam…
E quanto a amarem?
Nunca vão amar nem tão pouco saber
o que é o amor e a paixão…!
E se eu pedir a um destes parvalhões para te escrever um poema, o parvo nunca saberá como são os teus olhos e como são os teus lábios e como é o teu cabelo e a tua mão,
no entanto, ele escreve. Ele escreve, mas não sente nem sabe o significado de cada palavra.
E um dia qualquer, nós robôs dessa civilização, vamos assistir aos dias semeados num papel, vamos ler as coisas escritas pelo robôs que criamos, e seremos apenas o nojo.
O homem e a mulher não irão fazer nada; rigorosamente,
nada.
Imagina, meu amor…
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