quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

O que somos nós, viajantes deste pedaço de papel, onde poiso a caneta e penso em ti e

O que somos nós, viajantes deste pedaço de papel, onde poiso a caneta e penso em ti e

escrevo como se tu estivesses sentada à minha frente, e se nós, tu e eu, todos os outros

fossemos robôs de uma outra civilização? imagina

nós, eu e tu, e todos os outros termos sido construídos por uma civilização num tal, que

conseguiu criar máquinas que se reproduzem, que aprendem e que pensam e amam e que sentem,

e também,

e também choram.


Mas nós, robôs dessa civilização, e todos os outros

construímos novos robôs novas máquinas, que não se reproduzem que não pensam que só fazem aquilo que lhes mandam…

E quanto a amarem?

Nunca vão amar nem tão pouco saber

o que é o amor e a paixão…!


E se eu pedir a um destes parvalhões para te escrever um poema, o parvo nunca saberá como são os teus olhos e como são os teus lábios e como é o teu cabelo e a tua mão,

no entanto, ele escreve. Ele escreve, mas não sente nem sabe o significado de cada palavra.


E um dia qualquer, nós robôs dessa civilização, vamos assistir aos dias semeados num papel, vamos ler as coisas escritas pelo robôs que criamos, e seremos apenas o nojo.

O homem e a mulher não irão fazer nada; rigorosamente,

nada.

Imagina, meu amor… 


Sem comentários:

Enviar um comentário