quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Corda cósmica

 

Acorda, sono inverso entre duas paredes, a luz

dividida em duas partes, duas metades

a laranja adocicada, transparente menina

brincando na floresta.

 

A corda cósmica enrolada no pescoço da aurora boreal,

se o mar acontece, se porque dorme acordado

se até da luz chega a nós o sorriso

da montanha que toca no céu.

 

A boca, um farrapo de espuma

um fotão de memória nas calças do fugitivo, o capacete transverso, obliquamente encostado ao silêncio, se pobre ele é

da cabeça o sabe,

 

Quando na cabeça apenas existe um som nocturno e escuro

Que transporta na lapela a comunhão sangrenta do destino. Saberá o menino

quantas cordas cósmicas são necessárias para enforcar um poema?


O que são cordas cósmicas? 

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