Acorda, sono inverso entre duas paredes,
a luz
dividida em duas partes, duas metades
a laranja adocicada, transparente menina
brincando na floresta.
A corda cósmica enrolada no pescoço da
aurora boreal,
se o mar acontece, se porque dorme
acordado
se até da luz chega a nós o sorriso
da montanha que toca no céu.
A boca, um farrapo de espuma
um fotão de memória nas calças do
fugitivo, o capacete transverso, obliquamente encostado ao silêncio, se pobre
ele é
da cabeça o sabe,
Quando na cabeça apenas existe um som
nocturno e escuro
Que transporta na lapela a comunhão
sangrenta do destino. Saberá o menino
quantas cordas cósmicas são necessárias
para enforcar um poema?
O que são cordas cósmicas?
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