Tínhamos os Sábados dos
guindastes de solidão
comendo-nos como vampiros
solstícios desgovernados
havia em nossos corpos de
ébano os silêncios lábios da triste manhã
e percebíamos que as
luzes da noite anterior eram apenas cadáveres de areia
brincando nas dunas
rochas dos seios madrugar,
Transportava-te nos dedos
em réstias letras sobejantes dos pobres textos
que o louco EU deixara de
escrever nos espelhos da casa dos sonhos
e uma corrente de aço
aprisionava o vento marítimo dos barcos em flor...
tínhamos os Sábados dos
guindastes de solidão e uma lanterna de paixão
apoderou-se dos meus
braços com assentos circunflexos com vírgulas e parágrafos embriagados...
Amar-te percebendo que
sei que não existo... em ti e
dificilmente (efeito
Borboleta) tocarás nos velhos troncos dos plátanos de xisto
que habitam nos meus
olhos...
Tínhamos... Sábados em
tristes guindastes de solidão
e todos os nossos livros
deixaram de ser livros e hoje... pássaros em liberdade.
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