Deixei de ti os silêncios
envergonhados
alicerces maleáveis com
cabeça de madeira
deixei em ti o sulco
prometido das rosas envelhecidas
cantigas da madrugada
cantigas... palavras
húmidas
que o teu corpo absorve
como uma esponja recheada
de lâmpadas de halogéneo...
como uma mão emprestada,
Cantei de ti
as cantigas profanadas
nos jardins da insónia
gostei de ti em ti depois
das estrelas sobre a cama nocturna com olhos de luar
entrarem em mim
deixei de ti
os silêncios
envergonhados...
deitados os maleáveis
sonos programados pelo relógio portátil em paredes ocas de gesso...
e um coração de ti parece
romper as cordas que prendem a tenda do circo ao chão de areia,
Cansei-me de ti
em ti
por mim
entre colunas de granito
e traves velhas de castanho...
cansei-me
das palavras ocas das
paredes húmidas
em corações de gesso?
Mentiras de ti quando
acordam em mim os silêncios envergonhados...
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