Nostalgia quando descem
sombras de amanhecer
sobre as pedras cansadas
da calçada
nostalgia de perceber que
o vento jamais soprará... como tu
jamais
nunca
caminharás nos braços da
praia,
Inventar o amor
onde a mãe Natureza
colocou a fantasia
e a penumbra
e jardins que só o
Inverno consegue alimentar
inventar o beijo
nos lábios de uma flor...
Nostalgia quando...
amanhecer
sobre silêncios e
corações de areia
nostalgia de perder-te
entre as nuvens de Agosto
num longínquo País sem
fronteiras
onde o amor é livre
e todos os barcos
carregam sobre os ombros a culpa da despedida,
Nostalgia de olhar
todos os dias
uma corrente de aço que
me aprisiona a um cais esquecido numa qualquer rua de Luanda...
e das minhas pálpebras
dilaceradas vejo os desenhos da alvorada
como se regressasse o teu
corpo de papel
aos meus verdes olhos do
chocolate derretido sobre os teus seios de amêndoa...
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