Os desencontros dos
navegantes sorrisos
da sua boca o
desassossego em preguiça
os meus teus lábios
voando sobre as calçadas do silêncio
entre medos
degredos
teus luxos segredos
quando um cortinado se desperdiça
à janela da solidão
e a tempestade avança
contra nós e tomba no chão,
Os espelhos dos teus
seios como coloridas manhãs de Primavera
havíamos plantado árvores
de brincar
tínhamos bancos de sentar
como inventada madeira
saltitando nervos dos
horóscopos aquários
eu vagabundo
eu imundo... sorrindo
cansaços marasmáticos em saliva amanhecer
e oiço a tua sóbria voz
no meu peito de xisto,
Tinhas na boca a minha
boca em papel cremado
sentia a tua língua em
poesia escrevendo versos no meu pescoço...
pegava-te na mão
dilacerada e esperava pelas tuas doçuras coxas
inventávamos areia sobre
os lençóis de linho
e desciam as estrelas
sobre os nossos corpos em delírio
coisas em coisas como
tinta numa tela encarcerada dentro da prisão dos húmidos desejos
e havíamos esgotado todos
os livros e marés de ninguém
e tínhamos um cubículo de
fome só nosso... como flores esquecidas na jarra sobre a mesa-de-cabeceira....
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