terça-feira, 8 de outubro de 2024

Havíamos exíguos perdidos espaços de uma casa abandonada

 

Não és nada

eu que deixei de pertencer às esplanadas da noite amargurada

não és nada quando deixávamos suspensos nas cordas da tempestade

os silêncios os abraços e os olhos cansados das melancólicas marés encarnadas

não és nada

eu que deixei

da noite

envenenada

pela boca tua mão sibilada

havíamos exíguos perdidos espaços de uma casa abandonada

não

não és nada,

 

Não és nada

como sabíamos pertencer a um jardim com flores de pétalas feridas

garridas das faixas camufladas entre parêntesis e pontos de interrogação...

não

nada

como ninguém perceberia a tua ausência

de mim

da saudade inventada

por uma carta perfumada

não

sinto muito

mas... não és anda.

Sem comentários:

Enviar um comentário