Uma tímida mão de
porcelana
entranha-se no teu olhar
vigilante como as nuvens sem nome
finge-se tudo
até a vida de viver
quando se deixou de amar...
finge-se a riqueza
e os silêncios em
alto-mar
uma tímida mão
de dedos longos
extintos como a fogueira
do teu corpo
fingindo o amor
construindo mentiras sem
alicerces
ou sepulturas
uma tímida mão de
porcelana
entranha-se
e finge-se tudo
do orgasmo
à chuva miudinha...
aos barcos que se dizem
cansados
apodrecidos
enferrujados...
tudo
mesmo tudo
fingido como o miúdo...
fingindo crescer
brincando não brincar.
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